Secretum Secretorum

O Secretum secretorum é um tratado medieval também conhecido como Segredo dos Segredos, ou O livro do Segredo dos Segredos, ou em árabe Kitab sirr al-asrar, com variados tópicos, incluindo: arte de governar, ética, fisiognomia, astrologia, alquimia, magia, e medicina.


A origem do tratado é desconhecida. Não há originais em Grego, apesar de haver indicações na versão Árabe de que o tratado foi traduzido do Grego para o Sírio e do Sírio para o Árabe por Yahya ibn al-Bitriq um tradutor relativamente famoso do século IX. Parece, no entanto, que esse tratado foi composto originalmente em Árabe.

Mais seguramente poderíamos assumir que a forma do texto apareceu depois da Rasa'il Ikhwan al-safa ter sido compilada e antes da época em que Ibn Juljul escrevia, provavelmente no fim do século X d.C.

A versão árabe foi traduzida para o Persa (pelo menos duas vezes), Turco-Otomano (duas vezes), Hebraico (e do Hebraico para o Russo), Castelhano e Latim. O Secretum secretorum em Latim foi traduzido para Tcheco, Croata, Dutch, German, Icelandic, Inglês, Casteliano, Catalão, Português, Francês, e Italiano.

O livro do Segredo dos Segredos toma a forma de uma carta pseudoepigráfica supostamente escrita por Aristóteles para Alexandre, o Grande durante suas campanhas no Pérsia.

O texto fala de questões éticas enfrentadas por um administrador, também falando de astrologia e propriedades médicas e mágicas de plantas, gemas, números, e um estranho relato de uma ciência unificada que somente uma pessoa com a moral apropriada e conhecimento intelectual poderia descobrir.

Uma versão estendida que apareceu no século XIII inclui algumas referências sobre alquimia e uma versão primitiva da tabula smaragdina (a Tábua de Esmeralda).

Foi um dos mais extensamente lidos textos da Alta Idade Média. Leitores medievais consideravam como autêntica a atribuição a Aristóteles e consideravam este trabalho como um dos trabalhos genuínos de Aristóteles.

Esteve na lista medieval dos mais lidos por centenas de anos. A atenção acadêmica sobre o texto diminuiu por volta de 1550 mas o interesse de leigos continua até os dias de hoje em particular entre os devotos do Ocultismo.

Os acadêmicos de hoje enxergam-no como uma janela na vida intelectual medieval: foi usado numa variedade de contextos acadêmicos, e tem um papel sensível nas controvérsias acadêmicas contemporâneas.



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