"18 de março celebra-se Sheelah Na Gig, representante da sexualidade, o portal da vida e da morte.
Antiga Deusa irlandesa, sua imagem era retratada por desenhos ou estatuetas grotescas de figuras femininas expondo seus órgãos genitais com símbolo do portal da vida.
Ao se conectar à sexualidade alegre e explícita de Sheelah, as mulheres resgatavam seu poder e o direito de se expressarem, de forma livre e consciente.
Para erradicar a força dessa energia intensa da sexualidade feminina, a Igreja Católica usou essas figuras para representar demônios, colocando-as como esculturas nas colunas ou paredes das igrejas.
Até hoje ainda existem essas relíquias, mas seu significado simbólico perdeu-se devido à perseguição desenfreada ao poder da mulher, expresso por sua sexualidade, promovida durante séculos pela igreja e pela própria sociedade patriarcal."
Texto acima é de Mirella Faur no anuário da Grande Deusa
Sempre quando leio algo assim, (para erradicar a força dessa energia intensa da sexualidade feminina, a Igreja Católica usou essas figuras para representar demônios) me pergunto: Por que geramos tanto medo? Nunca encontro uma resposta plausível... Também nunca encontro uma resposta para o fato de muitas mulheres compartilharem esse medo... Medo delas próprias... Quanta loucura, pelas Deusas! Ainda não sei como realmente curaremos o sagrado feminino, não só nos nossos corpos, mentes e almas, como principalmente nos homens e no mundo. 😔
2 Comentários
Adorei o post. gratidão
ResponderExcluirAs coisas se ajeitarão. Estamos num processo onde mais mulheres se modernizam. Talvez, a respeito das partes mais intensas como o sagrado feminino, a menstruação e a fertilidade ainda não estejam tão em voga, mas eu mesmo já tenho coragem de não raspar debaixo do braço, assim como afinar a sobrancelha ou tê-la sempre definida. E percebo que as pessoas já não implicam com isso como antigamente. A liberdade pode ser algo temeroso para os mais presos de si, mas ela persiste em clamar pelo nosso retorno.
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