Todo processo de aprendizagem e criação da arte, passa pelo período da "copiação", afinal precisamos de algumas ferramentas, de algum conteúdo para dar início ao processo de criação de determinada arte; salvo a criação de uma nova arte.
Como a dança do ventre não é uma arte nova e sim umas das mais antigas formas de movimento expressivo, nós bailarinas, só podemos chamar nossa dança de arte quando ultrapassarmos os murros invisíveis da relação parasitária aluna-professora.
A dança é o reflexo da vida, ao buscarmos a individualização na dança alcançamos a individualidade na vida e com isso o equilíbrio da personalidade e conseguimos vivenciar o nosso ser de forma plena.
Sei bem que ser cópia é um caminho bem mais fácil pois já está trilhado, basta você caminhar que terá sucesso, porém ao segui-lo, você perde sua essência, não vivência o eu, se desvia do verdadeiro destino e sua vida deixa de ser sua, nada do que foi planejado para você acontecerá.
Como conseguir essa individualização através da dança?
Trata-se de liberta o corpo entregando-o a si próprio: não ao corpo-mecânico nem ao corpo-biológico, mas ao corpo penetrado de consciência, ou seja, ao inconsciente do corpo tornado consciência do corpo. "(Gil, 2005:25)
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