Gente acabei de assistir um documentário super interessante no GNT sobre 4 mulheres árabes que trabalham em um programa de TV. Achei essa matéria que explica tudo sobre elas pois acreditar simplesmente no esteriótipo é fácil e é para qualquer um, agora realmente conhecer e entender um cultura é para poucos!!
Conheça o “Kalam Nawaem”, o programa de TV comandado por quatro mulheres que questionam o mundo árabe
Elas causam polêmica ao discutir sexo, homossexualidade e até terrorismo em uma espécie de “Saia-justa” do Oriente Médio por Luciana Borges - 16 de julho de 2009
Pare e pense: o que vêm à sua mente quando ouve falar do papel da mulher no mundo árabe? Se a imagem que surgir instantaneamente for a de alguém com comportamento submisso e véu na cabeça saiba que você está tão desinformado quanto quem enxerga as brasileiras como réplicas das mulatas do Sargentelli.
Um programa de TV pode ajudar a compreender o quão complexo é esse universo atualmente. Diante das câmeras, quatro mulheres de diferentes idades e origens comandam o talk show de maior audiência na TV árabe. À frente do “Kalam Nawaem”, em português algo como “Conversa Mole”, a libanesa Rania Barghout, a egípcia Fawzia Salama, a saudita Muna Abu Sulayman e a palestina Farah Bseiso falam via satélite para um número estimado de 200 milhões de pessoas, em cerca de 250 países tão diferentes quanto o Marrocos ou o Iraque. Até o site da americana “Variety” já falou sobre elas.
BONITAS E DE FALA FIRME
Tanto sucesso colocou as apresentadoras na mira do documentário “Rainhas da TV Árabe” feito pela jornalista holandesa Bregtje van der Haak e exibido no Brasil pela primeira vez em fevereiro de 2009 no canal pago GNT. "Nós não somos bonequinhas e não queremos ser. E isso é novo na televisão árabe", fala no longa Fawzia Salama, uma senhora de quase 60 anos que é a mais velha do grupo formado por belas morenas de fala firme. Em outras palavras, ela quer dizer que ao contrário da maioria das atrações voltadas para o público feminino – que tratam de maquiagem, moda, beleza e da vida doméstica – o “Kalam” vai fundo ao discutir os tabus da cultura na qual vive.
E a polêmica não é pouca. O quarteto costuma falar sobre temas ligados ao sexo e ao casamento, como virgindade, incesto ou infidelidade. O que para nós seria lugar-comum no sofá de Oprah Winfrey ou nos debates das meninas do “Saia-Justa”, sacode as estruturas sociais e mexe com dogmas religiosos no Oriente Médio. Colocar no ar a entrevista de uma mulher falando sobre masturbação ou entrevistar pelo telefone um jovem assumidamente gay já causou um impacto fortíssimo entre os telespectadores. O resultado de tanto arrojo, como mostra o documentário, coloca as quatro constantemente na berlinda lidando com cartas e e-mails de amor e ódio, quase na mesma medida.
E a polêmica não é pouca. O quarteto costuma falar sobre temas ligados ao sexo e ao casamento, como virgindade, incesto ou infidelidade. O que para nós seria lugar-comum no sofá de Oprah Winfrey ou nos debates das meninas do “Saia-Justa”, sacode as estruturas sociais e mexe com dogmas religiosos no Oriente Médio. Colocar no ar a entrevista de uma mulher falando sobre masturbação ou entrevistar pelo telefone um jovem assumidamente gay já causou um impacto fortíssimo entre os telespectadores. O resultado de tanto arrojo, como mostra o documentário, coloca as quatro constantemente na berlinda lidando com cartas e e-mails de amor e ódio, quase na mesma medida.
“Se pensarem sobre o que eu disse, faça sentido ou não, a mudança estará a caminho”, defende a libanesa Rania. Mas o “Kalam Nawaem” não é um espaço de militância feminista contra os preceitos da cultura árabe. Tanto que Muna Abu Sulayman sempre aparece na telinha ostentando orgulhosamente um véu sobre os cabelos. Prova de que para comandar uma revolução, a sutiliza pode ser bem mais eficaz do que o fanatismo.
Clique aqui e assista a um trecho do programa (com legendas em inglês). Fonte
Clique aqui e assista a um trecho do programa (com legendas em inglês). Fonte
1 Comentários
Oii!
ResponderExcluirTudo bem?
Que interessante, o programa parece ser bem legal. Deve causar bastante polêmica mesmo, pois nem todo mundo concorda né..
Beeijos!