O Julgamento de Paris

Você pode imaginar o que acontece quando tomamos a decisão de vivenciar somente um aspecto do nosso sagrado feminino, da nossa Deusa interior?

Os Gregos sempre imaginaram e apesar de nos ensinarem, até hoje, infelizmente, somos levadas pelas mesmas escolhas. Chegará o dia em que todos os nossos aspectos serão admirados e vivenciados?

Talvez não. Talvez sim.

O mito ainda persiste.

O Julgamento de Paris

O mito começa com um impulso da deusa Éris, que a não ser convidada para o casamento do mortal Peleu com a deusa do mar, Tétis, fazendo jus ao seu caráter, decide semear a discórdia enviando ao banquete dos deuses uma maçã de ouro como prêmio para a mais graciosa e bela deusa.

Hera, Atena e Afrodite reivindicam o prêmio para si e Zeus é chamado para julgar a vencedora. Esperto e com vontade de testar a maturidade humana, ele decide levar a decisão para esfera mortal e ordenou que a decisão fosse tomada por um homem; e Paris nobre de nascimento, homem de belas formas e detentor de sabedoria foi eleito.

Hermes levou as três deusas diante de Paris e pediu que ele escolhesse a mais graciosa. No início ele negou, dizendo ser impossível efetuar tal escolha e sugeriu a divisão da maçã, no entanto, Hermes insistiu dizendo que caso paris não escolhesse provocaria a ira de Zeus.

Paris ainda hesitou e nessa hora as deusas concordaram em aceitar sua decisão. Ele então pediu que elas tirassem o veú.

Hera foi a primeira. Além de se exibir, ela tentou suborná-lo dizendo que o faria o homem mais rico e poderoso do mundo se caso a escolhesse.

Em seguida veio Atena. Ela tentou comprá-lo com promessas de vitórias em todas as batalhas e sabedoria infinita.

Por último veio Afrodite. Sedutora,  durante todo o julgamento manteve-se flertando com Paris. Na sua vez, prometeu, ao já inebriado juiz, dar-lhe como amante Helena de Esparta uma mortal tão bela e passional quanto ela.

Paris não conseguiu recusar e deu a maçã para Afrodite.

  • O mito Grego, O Julgamento de Paris, não só deixa claro, como afirma que a todo instante, escolhemos a beleza como principal característica feminina, descartando com bastante desdém todas as outras. Segundo o escritor Adam Mclean, no livro A Deusa Tríplice: Os homens, ao escolherem beleza, com frequência negam a si mesmos uma experiência verdadeira e completa do feminino, e as mulheres são forçadas a trabalhar com uma única corrente  da alma humana. Elas são encorajadas a se deixarem atrair mais pelo desenvolvimento de sua faceta Afrodite, muitas vezes negando e reprimindo os aspectos de outro modo complementares de sua natureza. Isso pode levar a grandes distorções, à não-realização do potencial e à infelicidade pessoal. 


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